Daniel Rocha |
Gréco, Juliette [quem a não ouvia] na «1.ª pessoa»; 86 anos; com Mísia, Fado em Francês
[+ entrevista, por Ricardo Rezende e Tiago Bartolomeu Costa:
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Aos três anos era feminista, aos 14 escapou de um campo de concentração e salvou a irmã de uma pena mais pesada, aos 16 viu-se sozinha numa aldeia chamada Saint-German-des-Prés, nesse mundo que era Paris durante a ocupação alemã. Aos 19 chegou ao teatro, o seu grande sonho. A mãe, resistente, que a levara para Paris em 1936, após a morte do pai (e a fizera correio do Partido Comunista), disse-lhe que ela tinha sido um erro. Nessa altura Juliette Gréco fazia já as noites da mítica Tabou, a discoteca onde parava tout-Paris. Todos quiseram que ela os cantasse, achando que, assim, a tinham. [...] uma voz que se confunde, hoje, com a própria história da música francesa. Uma voz sensual e grave que saía de um corpo franzino, vestido de negro, de cabelo cortado em franja arrumada. O mesmo que Jean Cocteau foi buscar para uma personagem escrita propositadamente em Orfeu.
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+ Vídeo, AQUI, na Casa do Público]
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