segunda-feira, agosto 27, 2018

«fazer de conta»

(Rita. 10  e 30, sol vai regressando...; ao lado, Gaiato local grita com o Avô «que quer ir à praia»; está ali mesmo, ao fundo da ladeira; será difícil dizer-lhe para «fazer de conta»...)
- D. lembra-se de idênticos «fazer de conta», afinal, princípios de Verdade da Ficção...; crónica de hoje de M. E. C.:

Parágrafos iniciais:
Lembro-me de me apaixonar pelo fazer de conta. Era Inverno e eu queria ir à praia. Também queria que fosse Verão - tinha 5 ou 6 anos. A minha mãe disse-me que não podíamos ir à praia mas que podíamos fazer de conta - "we can pretend».
Ensinou-me a fazer de conta que estava calor, que estávamos a molhar os pés na água fresca - "it's so hot!" - e a ver um caranguejo a escapulir.
Fiquei obcecado com o fazer de conta. Era o remédio para todas as desilusões e dependências. Cada vez que me diziam que não podia fazer qualquer coisa eu respondia "Never mind. I can pretend".
[...]


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