sábado, outubro 15, 2016

«Ex-AA» - Maria João Luís

- não é a primeira entrevista de M. J. L. que V. lê e em que vê referida a sua passagem pela «Escola do Paraíso», ainda na «versão «pré-80», provavelmente  - mas esta, publicada no DN, a propósito de (Tudo...) fica aqui «roteirizada» -

RecorteS:

Conhecemo-nos miúdas, em Vila Franca de Xira. E depois perdemo-nos. Para onde foste?
Fui para a António Arroio com 14, 15 anos, para um curso que me encaminhava no sentido das artes visuais e eventualmente da arquitetura. Queria pintar, queria fazer escultura... fazer coisas com as mãos. [...]
[...] Essa vontade que tinhas de seguir artes visuais vinha-te de onde?
Penso que sobretudo de uma espécie de fuga de um tipo de ensino a que não me ajustava, não gostava daquilo. E quando me falaram da António Arroio, das possibilidades daquela escola...
E como se dá a transição das artes visuais para as do palco?
É muito engraçado. Porque essa minha amiga, a Gabriela Vieira, tem um talento incrível para pintar e desenhar e essas coisas todas. E eu ao fim de um ano percebi que qualquer coisa que eu fizesse não tinha sentido nenhum, nem eu lhe dava sentido nenhum.
Por comparação?
Sim. Ela fazia um risco e aquilo era... Do caraças. E eu fazia um risco e aquilo era um risco. Depois a escola tinha uma data de gente interessantíssima, lindíssima. Conheci ali carradas de gente - o Pedro Vasconcelos, o António José de Almeida, a Fernanda Fragateiro, o André Louro de Almeida, que era o vocalista dos Croix Sainte... Sei lá, carradas de gente. E de repente aquela gente toda era extremamente motivadora e inspiradora. E a minha inspiração ia muito mais para o campo performativo do que para a coisa da pintura. E era convidada muitas vezes para fazer pequeninas performances nas exposições que os fulanos faziam. Muitas vezes havia exposições na escola e eu era convidada para fazer uma performance. [...]

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