[foi lido, «descontinuamente», no Verão de 2015, ano da
publicação desta seleção de ENT de «Ana de Amsterdam»; (re)leitura terminada
ontem]
Recorte:
2014-10-19
[…] Caminhei lentamente até à livraria, passei pela pequena
janela do canário amarelo. Pedi um chá de menta ao livreiro (…) e levei para a
mesa o novo livro do […] Li durante quinze minutos, apenas o tempo necessário
para o chá arrefecer. À saída perguntei ao livreiro se tinham O quarto de Jacob. Ando a ler, já há
algum tempo, o diário de V. W. Com calma e vagar, […] antecipo que sentirei
um certo vazio quando acabar de o ler. Decidi ir lendo os romances à medida que
Virginia Woolf os vai escrevendo. Estou a ler as entradas de 1922, ano em que
Virginia terminou O quarto de Jacob
e, no seu espírito, como fiapos de luz, começam a delinear-se os contornos de Mrs Dalloway. É muito interessante
descobrir a extraordinária crítica literária que esta mulher foi. Sobre o Ulisses, escreveu: «[…]» Mas, confesso,
o que mais gosto é de a acompanhar no seu dia-a-dia. No dia 7 de Julho,
Virginia arrancou três dentes e, no dia 3 de Agosto, passeando pelos campos de
Richmond, encontrou uma colónia de cogumelos.
Ana Cássia Rebelo, Ana de Amesterdam, Quetzal, 2015,
pp. 214, 5
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