Alentejo, Agosto de 80. Seca. Ninito,
temporariamente sem emprego, lê O dia dos prodígios. Mesmo na sombra da Arramada
da burra, começam as alucinações, vê monstros, ouve rastejar…
Água, nem que seja uma gota.
Na véspera do regresso à cidade, noite estrelada. Cai uma gota no nariz do
Ninito. Estrelada, rodopia, rodopia, e
desaparece na poça do firmamento. Ondula e brilha, pelo espaço sideral.
Viram a gota de água?
Está doido,
responderam, em coro, as patroas.
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