[atingida a p. 111, na ESP. do R.]
RECORTE(S):
37 / Quando era pequena achava que os livros tinham sido escritos para mim, que o único exemplar do mundo estava em minha casa. Estava convencida: os meus pais [...] tinham-se ocupado, nos seus momentos livres, de inventar e fabricar as histórias que me ofereciam. As minhas histórias preferidas, que eu saboreava na cama, com a manta até ao queixo, na voz inconfundível da minha mãe, existiam, claro está, só para que eu as ouvisse. E cumpriam a sua única missão no mundo quando eu exigia à gigante narradora: «Mais!»
Irene Vallejo, O infinito num junco, 2020, p. 109
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