- àquela que, em tempos, «classificou» estas Casas de ESQZ.as, mostrou-se os endereços das mesmas, e algumas «particularidades» - [sem «abusar», que isto é tudo para exclusivo prazer pessoal, claro];
- pois é
regressos futuros ao tempo feliz das «Ficções do Eu» (PM)
- pelas 15 e 40, a caminho de «operação especial pedestre» [marcada para as 16, com a dona M., colaboradora de A. Dom.os., 60...]...
- ao fundo da Alameda; estava sentada, «rente ao chão», no «rebordo» do respiradouro do Parque de Estacionamento...; imediatamente reconhecida, de TEX., de há cerca de 7 anos (em casa confirmada no «Bloco G», de 16 - 17); só agora se identificou como «neta de um poeta» [afinal L. C....]...; traçou um percurso de vários «cursos curtos ou rápidos», em áreas diversas, e de experiências profissionais também diversas...; do lado de R., falou-se de Ruben A. (tb. por causa do avô L. C. ...), e de Ana HTy...; well...
[rapidamente lido, irá provavelmente para a «Mesa das Trocas»...]; não foi; colocado numa EST. do CORR, «Secção C. B»...
- 6 e 50, último acordar, desligar da «Máq. APN»
- Quadrado, ainda em tempos de Ardósia e Giz... Sessão de introdução à Lírica Camoniana. Desinteresse total, nem a «Leonor» dita de Cor os espicaçou; em vão tenta comentar o Soneto de Cor transcrito na Ardósia...; vão saindo; a seis minutos do fim, restam 3 ou 4, de pé, tentando «conduzir a conversa para ouras bandas»...
[alcançada a p. 205, de 232]
RECORTE(s): [ver primeiro o da Entrada «Seguinte - Abaixo»]
Federica de Paolis (1971; -), Do lado da mãe (2024), pp. 101 - 102
[alcançada a p. 123]
RECORTE(s):
Federica de Paolis (1971; -), Do lado da mãe (2024), pp. 100 - 101
- um «Ex-AA» de outras eras [... começa a trabalhar por volta dos 14 anos ao mesmo tempo que frequenta o curso de Desenhador, Gravador e Litógrafo, na Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa, [...], guardou as fotografias que fez no tal dia durante 50 anos... [«P2», «Público]; mostra finalmente 50, diz que tem mais...
RECORTE (s) desse Caderno, da narrativa da Viagem de Barco para Madrid:
29 de novembro
Se durante todos estes dias não escrevi nada no meu diário de bordo, é porque metade do tempo jazi moribunda no camarote. À conta disso, depois da festa da passagem do Equador [...], perdi os concursos de shuffle board da Carmen com umas amigas italianas, os passos firmes e marinheiros do Gervasito no convés em plena tempestade, levado pela trela pelo Luís, e sobretudo a proclamação da Mercedes como campeã infantil de twist. Uma pena realmente, mas uma mãe não pode estar sempre no exercício dessa função; de vez em quando também nós adoecemos. [...]
- 5 00: «APN» (1.º desligar da MÁQ.a)
Luiz Schwarcz, O ar que me falta - História de uma curta infância e de uma longa depressão, 2021, p. 59-60; 68
- [em 66, tb. com 10 anos, D. assistiu aos jogos na sala de dentro da «Tasca do Pepe», na Esquina da C. da B. G...]
«Do último ano em que fui à Ma-Ru-Mi, me recordo de um episódio que teve um sabor agridoce para mim. Foi lá, já com dez anos, que ouvi pelo rádio a derrota do Brasil para Portugal, na Copa do Mundo de 1966. Lembro bem de todos amontoados para escutar o jogo, que marcou nossa eliminação da Copa de Inglaterra. O sentimento de impotência ao acompanhar uma derrota do seu time numa partida de futebol é sempre grande. No rádio essa sensação é ainda maior. Com vinte pessoas entre você e o aparelho, a coisa só piora. No entanto, em meio a tanta tristeza, fiquei fascinado pela narração, na qual Fiori Gigliotti, pródigo em metáforas, ministrava uma aula inicial sobre essa figura de linguagem. "Abrem-se as cortinas, torcida brasileira": assim ele começava a transmissão de todos os jogos. O gramado era um tapete ou tablado verde, o atacante português Eusébio uma pantera. [...]
Ilustração de Vasco Parracho, de 27 de Junho, no «FACE» |
A força dramática com que aquela derrota foi narrada nunca saiu da minha cabeça. E eu, vivenciando mais uma experiência triste de férias, escutava comovido Fiori Gigliotti falar no fim do jogo, "tudo é melancolia no lado brasileiro", "tudo é dor, senhoras e senhores", A partir de então fui muitas vezes a estádios com o radinho de pilha colado à orelha; assistia ao jogo por minha conta mas os ouvia na voz do locutor.
Luiz Schwarcz, O ar que me falta - História de uma curta infância e de uma longa depressão, 2021, p. 51
- 9 e 20; estava na ESPL. do RTA, com Óculos (muito) escuros e Chapéu de Abas (muito) largas; cumprimentou R., que retorquiu «que estava muito bem disfarçada»; MÉD.a, com 64, (do ano, 76-77, do «desistente» em 80), com Casa no Rugido. vem sendo «reencontrada» década após década (1.º ano de D., na Zmab, em 78...; até 84, Tenda e Mochila e...), contou que o Pai, na Zmab, se «libertava da DEP. ão Crónica»[... ]; Well...
- da »BiblioPenha», livro de 2017, que «compulsa» Crónicas Radiofónicas de 77-78;
RECORTE(s) da intitul.a «Ao de leve...»:
Fernando Assis Pacheco, tenho cinco minutos para contar uma história, 2017, pp. 30-31
[sublinhados acrescentados]
A Crónica das pp. 19 a 24, «Sou neto...», na RTP Arquivo;
- «pelos 500 anos», artigo do Ípsilon, de Raquel Her.es da Silva, sobre os retratos de Camões [..]
Retrato de Luís de Camões executado a sanguínea por Luís de Resende no século XIX, a partir de original de Fernão Gomes, 2.ª metade do sec. XVI |
Inda que em vós a arte vença
O que o natural tem dado,
Não fostes bem retratado,
Que há em vós mais diferença
Que do vivo ao pintado.
Se o lugar se considera
Do alto estado que vos deu
A sorte, que eu mais quisera;
Se é que eu sou quem de antes era,
Retrato, vós não sois meu.
(…)
PARIS. 18.03.020
- atingida a p. 360 (final da I Parte) da Biografia de C. L., por Teresa Montero [da BiblioPenha]; [a de B. Mozer, de 2009, «aguarda» na Est.e do Q.o de J....]
RECORTE(S):
[...] comoveu-se com o pedido e decidiu que a partir daquele momento não seria psicanalista, mas amigo de Clarice. [...] Nesse período, Clarice afeiçoou-se à filha de Azulay, Andréa. A menina tinha 10 anos e gostava muito de escrever. As suas cartas carinhosas comoviam Clarice, que lhe dizia que ela já era uma escritora, mas fizesse de conta que não era. [...] Nas cartas, Clarice fazia questão de lhe dar dicas de como viver e escrever. E enumerava uma série delas: não descurar a pontuação, pois ela é a respiração da frase; não abusar de vírgulas, cuidado com as reticências; o ponto e vírgula é um osso atravessado na garganta. E completava: »Agora esqueça tudo o que eu disse» [...]
Teresa Montero, À procura da própria coisa - uma Biografia de Clarice Lispector, 2022, pp. 332, 333
- Artigo do «Público», sobre o recente Colóquio na GULB.; lido no «28», a observar os TURIS «desenfarpelados» pela «onda primaveril de calor de Verão»; as referências feitas permitem elaborar uma Lista de Biografias a Ler...;
- na BERT., alcançada a p. 73 de «A desobediente»...; a 21, na FNC, p. 100 - até aí, Representações da Infância...; P. Reis, na SIC
RECORTE:2
- de 2019, mas vindo agora da FNC (30%...); alcançada a p. 81 destas evocações dos «29 primeiros anos de Vida de L. B.» (livro final, deixado incompleto,- 94 pp. - «em 1965» + «Cartas Escolhidas») OU ABG - ROTEIRO pela(s) CASA(s) [...]; 33 delas listadas entre as pp. 93 e 97;
RECORTE(s):
- 6 e 30: Máquina «APN» (1.º «desligar»)
- Ida à Zmab., de R., de autocarro, com «residente» - que talvez pudesse vir a «ajudar» no COND. - fez Visita Guiada por um Labirinto de Torres em construção - vista do lado do mar, em «frente compacta»; R. esqueceu a chave do Palácio, logo não o pôde mostrar à referida Figura...; o estado da parede exterior, a precisar de urgente MANUT., deixou-o «aturdido»; como dizer isso à General, após o regresso?
- R. esperou que M. J. C. reclamasse (2 Xs) «que ainda não lhe enviara os prometidos textos» - ficara na «Letra G». no ano passado.
Com [o envio] dos textos de Mourão-Ferreira, a seguinte Nota:
No Natal de 86 [D. no seu 1.º ano em Estudos Portugueses], no «Copo de 3», efémero Poiso (Estaminet) numa esquina da Praça das Flores (com a Rua Marcos Portugal?), D. «oficiou» um jantar de D. com alunos seus - um amor feliz já levava alguns meses de sucesso e de vendas - ; à saída, debaixo do braço, um (tosco) embrulho com um Bolo Rei [era público que o adorava em «torradas»...]
. Excerto da Crónica ABG, de hoje, «A importância do Não», de I. F. (I. A. S., como Nome Civil, 86-87, 89-90, Nova), no «Público»:
[...] Situo-me em 1976. Tenho 14 anos. É um domingo de Inverno, final de tarde. Estou em Alcobaça, em casa da minha prima M., onde talvez tenha ido passar o fim de semana para ajudar a tomar conta das crianças. Temos 15 anos de diferença, mas falamos como irmãs. A minha prima é alvo de violência física e psicológica por parte do marido, um homem pequeno, de maus instintos, que já lhe batia antes do casamento. Bateu-lhe durante a gravidez do primeiro filho. A lista de violência era longa, complexa em perversidade e diária, por nenhum motivo. Porque a persiana deveria estar fechada, porque a toalha da mesa tinha uma nódoa de sumo, porque chegou bêbedo. Ela temia-o, naturalmente. Observo e reconheço a violência que causa a demolição de qualquer ideia de família, mas não tenho medo dele. Desprezo-o. [...]
- quando, de longe a longe, (re)encontra um(a) «Ex-AA» na rua, o mais frequente é enfatizar que «não se lembra...»; pois, se «terão sido cerca de 3000...»;
- J. B. é a que mais tem «acompanhado», pelas obras e não só...; lembra-se quando (em 9798 ?), «referia os treinos às 6 da manhã, em BEL., e o(s) treinador(es) RUSSO (s)» e também da sua «troca de pista» (p. 37) (...);
- RECORTE do seu mais recente livro:
[...] «No cúmulo das minhas dificuldades para conseguir manter o ritmo e continuar na equipa, pedi para lhe falar, àquele colosso de dois metros de altura e muitos palmos de largo. Abri a boca e consegui apenas dizer «que andava a pensar muito em» sem chegar a especificar no quê. Ele interrompeu-me. Disse uma frase que me gelou, num sotaque soviético carregado: «Nadador não pensa, nadador nada». No minuto seguinte eu estava dentro de água, soavam apitos, sucediam-se tarefas. [...]»
Joana Bértholo, O meu treinador - e outras vivências do desporto de alto rendimento., F. F. M. dos Santos, 2023, pp. 24-25
[sobre este, Entrevista a 7 de Dezembro: AQUI]
[Outro Recorte da Leitura das semanas de 18 a 30 de SET.]
[Outro Recorte da Leitura das semanas de 18 a 30 de SET.]
- no Ìpsilon, a cronista apresnta várias evocações AUTOB.as, até chegar ao cerne da Crónica «Cardoso Pires nunca escreveu O Delfim»: uma das «dispara(ta)das» frases do «Rei dos Afectos» [...]
RECORTE inicial:
Não é a primeira vez que o digo. Lá em casa foi tudo preso pelo menos uma vez. Escapou o gato chamado Pompidou. Reconheça-se: um belíssimo nome para gato. A escolha resultou da vitória de Georges Pompidou nas eleições presidenciais francesas de 1969. [...] Escapou o gato e escapei eu graças à minha proverbial mania de descumprir horários.
A reunião dos estudantes de Liceu estava marcada para Lisboa no Instituto Superior de Economia (hoje ISEG). Sem aviso prévio, e ironicamente por razões de segurança, foi mudada para a Faculdade de Medicina. Ora tendo eu já chegado atrasada a Económicas, muito mais atrasada cheguei ao Hospital de Santa Maria. Resultado: quando cheguei a Santa Maria já tinha seguido tudo de ramona para o Governo Civil. E foi assim que a 16 de Dezembro de 1973, desistindo de continuar a calcorrear a capital atrás da PIDE e para mais ao domingo, ilesa, apanhei o comboio e fui para casa. Confirmo: era domingo. [...]
- já há muitos anos, muito antes de uma das Qd.as lhe «disparar»: «ó M., já ninguém escreve em blogues!» (aí por 2015?), quando lhe perguntavam se «não usava Facebook», D. respondia que era «tooface for him» e «que se ficava pelo book» ..;
- veio a Pandemia e, precisando de consultar de véspera a Ementa do STP, lá se «inscreveu», só para isso...; em consequência, Eli «arrasou-o» e o primo D. M. telefonou, muitas décadas depois...;
- rendido à «vida social» que lhe resta..., R. passa amiúde pelo Palácio [evidentemente, já não «canta» pelos CORR.s...], a caminho do STP; e é inevitável; há sempre mais um(a) «invejoso(a)», a menos de cinco anos da situação de D. (R.) que lhe repete a pergunta indicada; logo, L. = livre;
- pois é... ; [soube que J. S. - «ex-bibliotecária», «sai na lista de Outubro...; efectivos, restam 6..., só uma «abaixo dos 60»...]
Não sendo «assinante», só é possível ler a parte inicial do artigo de José Mário Silva, ora no «Expresso»; assim, não se pode entender a referência «armadilhas da autoficção»
Li Erben/Getty Images |
Recorte(s): Logo no início deste livro assumidamente híbrido, algures entre ficção e autobiografia, a romancista Linn Ullmann deixa um aviso: “Se existisse um telescópio que pudéssemos apontar para o passado, eu poderia dizer: olha, aqui estamos nós, foi assim que aconteceu.” O “nós” é uma “constelação” familiar que não chegou propriamente a existir: “Eu era filha dele e filha dela, mas não era filha deles, nunca fomos três, e, quando vejo a pilha de fotografias que tenho à minha frente na mesa, não encontro uma única imagem em que apareçamos os três juntos. Ela e ele e eu.” [...] O “eu” que narra, e por vezes se desdobra num “ela” (sobretudo ao evocar a infância), é Linn, última a chegar entre os nove filhos de Bergman.
[às 9 e 50, no CC VdaG «pós - JMJ», à espera da abertura da FNC; lendo Os Inquietos» (p. 230) e a fixar imagens para futuras ... ]
- pelas 4 e 40, desligou a «APN»; esforçou-se tanto, para fixar as imagens «anteriores», que não religou a MÁQ.a = índice alterado...]
- esteve a conversar com M. R. de S. (onde, esqueceu) - tentou fixar os 2 temas principais, esqueceu - depois, num táxi, continuou a conversa (idem, esqueceu); junto à «AA», M. saiu e o taxista perguntou a D. quem era - «já foi Presidente da República, agora é Director da «Escola do Paraíso»
[excerto seguinte da narrativa da Entrada anterior]
[...] Já muito se disse e escreveu acerca do rosto da minha mãe, dos seus olhos, lábios, cabelo, da sua vulnerabilidade angustiante, de como as melhores actrizes canalizam todos os sentimentos para a área em redor da boca, mas nada disseram sobre as orelhas. Em pequena, gostava de me deitar bem juntinho a ela e de lhe passar a mão pelo cabelo. Era tão pequena que ainda não tinha palavras para a beleza nem para o amor; estava, como a maioria das crianças em tenra idade, centrada no que era grande e no que era pequeno, e a minha mãe tinha pés e orelhas grandes. Deitávamo-nos na sua cama de casal com pernas amarelas e lençóis floreados, e eu tinha permissão para lhe afagar o cabelo enquanto ela, por exemplo, lia um livro ou falava ao telefone. Terminava amiúde as chamadas com as palavras «homens, tão simples quanto isso». Dizia-o um pouco para o ar depois de pousar o auscultador. Homens, tão simples quanto isso. A minha avó também dizia homens, tão simples quanto isso. [...]
Linn Ullmann, Os inquietos, 2023, p. 96
- obra «miscelânica», de curtas narrativas que «cruzam Géneros de Famílias Diarísticas» [outros recortes: AQUI; AQUI]
- após algumas semanas nas Mesas FNC, despertou a atenção de R.; são 109 curtas narrativas AUTOBIOG.as, tendo como motivo central a Figura Materna; lidos, hoje, dia 18, apenas cerca de 20, que recorte(s) reproduzir, eis já a dificuldade...; terminada a 20, em S. TEOT., na espera do jantar para a GENER...;
[pelas 8 e 30, da ESPL. da Dona L., viu passar C. T., o ARQ,o; pelas 10 e30, no EUROM, reencontro com Qd,a de 2000; o «mesmo olhar», falar, rir, tiques expressivos...; atingida a p. 131 de «O infinito...»]
RECORTE(S):
49 / [...] A minha mãe lia-me histórias à noite. O nosso pequeno teatro nocturno não estaria em perigo enquanto eu não soubesse ler. O que queria mesmo era aprender a escrever Quando era pequena achava que os livros tinham sido escritos para mim, que o único exemplar do mundo
Irene Vallejo, O infinito num junco, 2020, p. 131
[atingida a p. 111, na ESP. do R.]
RECORTE(S):
37 / Quando era pequena achava que os livros tinham sido escritos para mim, que o único exemplar do mundo estava em minha casa. Estava convencida: os meus pais [...] tinham-se ocupado, nos seus momentos livres, de inventar e fabricar as histórias que me ofereciam. As minhas histórias preferidas, que eu saboreava na cama, com a manta até ao queixo, na voz inconfundível da minha mãe, existiam, claro está, só para que eu as ouvisse. E cumpriam a sua única missão no mundo quando eu exigia à gigante narradora: «Mais!»
Irene Vallejo, O infinito num junco, 2020, p. 109
- Recorte(s) das pp. 70-71 da «leitura em curso», alcançada na ESP. do R., pelas 9 e 30:
[...] Perto da casa da Melva encontrámos o Ayoze e o Mencey, dois rapazes um ano mais novos do que nós, mas que eram muito espertos. Estavam a jogar à bola e tinham de ir a correr permanentemente pela estrada porque a bola lhes fugia e às vezes chegava até à parte de baixo da igreja. Nesse dia estavam a jogar no caminho, mas na maior parte do tempo jogavam na Horta das Couves Futebol Clube, uma espécie de campo de futebol improvisado numa das hortas por trás do tanque. Como o bairro era todo íngreme, a Horta das Couves Futebol Clube também era. [...] Meninas, e se jogássemos aos apalpanços?, perguntaram-nos quando nos viram a saltar pela estrada abaixo. Eu parei, mas a Isora continuou a avançar e, lá em baixo, gritou-lhes que não, que nós íamos brincar às nossas coisas. [...] Dei meia-volta e segui-a rápido rápido porque tive medo de que os rapazes nos mandassem uma bolada por nos armarmos em boas e quando cheguei ao pé da Isora travei fixando os ténis no asfalto. A Isora voltou a tirar as cuecas do rabo e asfixiada e sem ar, muito corada, disse-me shit, alguma vez viste o pirilau do Simpessón quando está para fora? Não parece um batom vermelho?
Andrea Abreu, Pança de burro, Bertrand, 2023, pp. 70-71
- Evocações de Infância, mas não só, em pouco mais de 100 páginas, em «letra grande», ilustrado, de 81, 82
RECORTE(s) da 18.ª, e última narrativa:
Jorge Amado, O menino grapiúna, Europa-América, S/D (1992?), pp. 115-116
- então jovem, Ruy Castro trabalhava para as «Selecções» e morava em Campo de Ourique; evoca «esse tempo» em entrevista à «Mensagem», jornal de Lisboa [...]
RECORTE(s):
Lançamento de livro de Ruy Castro, A Vida por Escrito, na livraria da Travessa, em Lisboa RAQUEL WISE/TINTA-DA-CHINA |
- Continua difícil levar a General à Zmab [desde Julho...]; não ajuda nada o que ontem ouviu ao telefone - talvez dito por M. G. da S., que «mora» em frente da Barragem de S. C. - sobre «a cor da Água...»;
- quanto à «desprotecção» da Paisagem Protegida, que já leva décadas..., «ponto da situação» no Artigo de hoje do «Azul-Público»: AQUI
- M. E: C. - «em tempos», «ZMAB visitante», reage ao anterior, em Crónica de 19 de Maio - «O horror provisório»
RECORTE:
[...] No Verão passado, depois de mais de dez anos sem lá ir, voltei a visitar a Zambujeira e Odemira e, apesar de estar preparado para o que ia ver, fiquei chocado com a extensão das estufas mesmo ali à beira-mar. Parecia que uma paisagem diferente, de uma terra diferente, de um país diferente, tinha caído em cima da paisagem que eu conhecia, enterrando-a para sempre. [...] [sublinhados acrescentados]
- sempre que se lê um romance «com Gémeos M. + F., ou outros» - no caso, personagens narradoras «à vez» - recorda-se a leitura, lenta e marcante, de Pedro e Paula, de 98, de Helder Macedo, [...] ; de seguida, verificou-se «as existências» da obra de H. M. [D. lembra-se de o ver e ouvir na C. da C., quando foi S. de E., por aí por....] e «as disponibilidades» (para acrescentar um pouco as «existências», se e quando possível... (...);
[a 15 de Maio, na FNC: «pode verificar, no COMP., os livros disponíveis de H. M.?»; [jovem FUNC]: «escreve o quê?»; «poesia, romance, Ensaio... - e ainda está vivo....»];
- [Seminário «Modos da Melancolia», «D. Duarte e o pecado da tristeza», em Maio de 2022]
Fotografias tiradas por Ana Hatherly, dos amigos Jorge de Sena, Helder e Suzette Macedo em sua casa londrina, anos 60 - [copiada do OBSERV.] |
- 5 e 35, desligar da «APN»
Após alguns dias na Casa Velha (cerca de 50 m2, na Rua da Graça), o casal convidado e os seus 7 Infantes partiram sem se despedirem, sequer; a General destacou «o modo como se tinham tão bem acomodado em tão exíguo espaço»; foram depois à Casa Nova (Rua dos ALTEIr.os) e a General enfatizou :«ainda bem que não os trouxemos para aqui - olha só o trabalho que daria a limpar...»;
- afinal, a Casa Velha é a terceira numa ladeira, na qual a água do Mar já «beija» a primeira, o que levou a General a comentar: «daqui a 10 ou 15 anos, o J. já não terá esta Casa...»
- obra recente, vai para a «secção respectiva», por ora «fintando» a »Mesa das Trocas»; evocações AUTOB., de Infância, de Juventude, em «espaço colonial angolano», em curtos capítulos, com múltiplas referências a filmes e canções [...]; a cerca de 30 páginas de terminar a leitura [...]
- [como que de lugares secretos, onde esperaram o tempo necessário, «emergem» leituras como as deste pequeno volume de curtas prosas líricas, autobiog., também; foram sendo lidas, «fora de ordem», no «35», até à ALAM. e volta]
Recorte de «Biografia» (pp. 20-21):
[...] Uso ao peito a medalha dos anjos