domingo, julho 26, 2020

«Cara à Banda» (todos de), M.E.C.

- crónica de hoje - «A cara quiçá à banda» -, lida na ESP do Jardim da P. C.
 (ainda a pensar na CORR. de ontem à ZMAB, com J., «new chief»...)
RECORTE final:
[....] Para esta gente (isto é, nós) a máscara é apenas mais um adereço na longa e divertida caminhada para a extinção final.»

sexta-feira, julho 24, 2020

«Ó filho, vai ver a Revolução»

- (re)evocação do dia 25,  as «pequenas histórias» do «interior» do MNE, no «Público» de hoje

RECORTE:
[...] No andar de cima, ao fim da manhã, Vallera vai ao gabinete do seu chefe, Nataniel Costa — [...] No mesmo 4.º andar, vai até à sala do director-geral dos Serviços Centrais, o embaixador Humberto Morgado, 58 anos, um peso-pesado do MNE, bate à porta e espreita. “O Morgado estava reclinado para trás, em pose muito relax, com os braços cruzados atrás da nuca e as pernas esticadas e, em frente, completamente curvado e encolhido, estava o Nataniel Costa a ouvir as notícias com um pequeno transístor de pilhas colado à orelha.”
— O que queres? — pergunta-lhe Morgado.
— Saber o que é suposto eu fazer.
— Ó filho, vai almoçar e depois logo se vê!— O senhor embaixador não vai almoçar?— Dizem que está a haver uma revolução e ainda ninguém se lembrou de que este ministério existe. Alguém vai ter de estar aqui, quando um oficial ou um furriel vier bater à porta — respondeu Morgado — Ó filho, vai-te embora, vai ver a revolução!
Vallera foi buscar uma amiga — sua futura mulher — e foi para a rua. [...]