sexta-feira, dezembro 29, 2017

Estudar

14 anos. Reprovada. A princípio, quase contente. Insuportável, o ambiente,  as matérias estúpidas. Agora já sei o que me espera. 15 a Matemática nada vale. Com oito negativas, a mãe P. vai castigar-me. Olarila. Que culpa tenho de ela não saber ler nem escrever? Só trabalhar, trabalhar. Horror.
5 meses passados. 14 horas diárias de fogão. Nem mesada, nem saídas, nada. Só sermões. Prisão perpétua. De certeza até aos 18 anos. Convencê-la a deixar-me ir estudar à noite não vai ser pêra doce.

18 anos. A miúda é agora responsável. Deixou de ser Maria Rapaz. Engordou. Silenciou. Tudo por causa da rigidez da comadre P. 15 a Matemática chega para provar as capacidades. Fará o 5.º ano em 2 anos, o 7.º num. Bem a quisemos adoptar. Teimosa, a mãe só nos aceitou como padrinhos.
Mas sei que ela me ouve mais do que ao próprio marido. Mais: só a mim ouve. Há que escolher a hora, começar com outro assunto, deixá-la falar o tempo que quiser… Estudar à noite? Vai ser duro convencê-la…

quarta-feira, dezembro 20, 2017

Fases negra luminosa

Passara um ano. Vinham os 20. Decorria o que depois se designaria como «Verão Quente» 
Chamar rotina a um bloqueio total não ajudava. Das 8 às 15 e 30, cumpria-se: subir a S Roque, descer a Glória, subir a Avenida; trabalhar, trabalhar e, depois, o percurso inverso. Daí até à noite, imobilização total no sofá, de olhos fechados, sempre o mesmo «filme mental». 
Rotina só quebrada para ir ver, de longe, à margem, uma ou outra manifestação, das muitas de então. Passavam os meses, não via saída…


Passaram os meses. Passou o «segundo 25». Pelo Verão, um encontro casual. 
Conversas pelas noites fora, por todos os momentos que se «arranjava». Mais do que descobrir-se, a disponibilidade (ingénua?) para tudo compreender e aceitar do «lado de lá». 
No Verão, sós, na casa de S. Paulo; um inolvidável 11 de Setembro na Caparica. Meses que parecem anos, de tão intensos. Sobreveio o «arrefecimento». Natural, agora. 
Irreversível, isso sim, a energia para recomeçar a estudar, reconstruir-se.

terça-feira, dezembro 19, 2017

Falta muito?

Faltam 14 dias! Faltam em quê, como? perguntam, em coro, no Quadrado. Na Praça Gorettiii…, em pio fino. Repito várias vezes, a ver se lhes atazano o juízo. A uns e a outros. 
Finalmente: para a próxima Pausa, Liberdade Temporária!
Mas como?, reperguntam, impercebidos. Repito, prolongo o logro. Lá lhes faço a vontade, finalmente. 14 dias de Quadrados, de castigos de sala. 
Ah, bom!
Variante: falta muito para o Natal? Logo desde Janeiro… 
Fica para a próxima…contagem.

segunda-feira, dezembro 18, 2017

Outrora Agora (Pessoa)

Casa da Calçada, 3.º andar, quintal. Fundo do corredor. Silencioso, imóvel, atento à revelação do mundo, junto à casinha do tanque. Cheiro acre do sabão azul e branco. Ruidoso, o da chuva violenta na terra vermelha do quintal. Só dele. 
Menino só, em casa com muitas mulheres – o amor antes das palavras, único. Assobiava o vento para lá dos muros. Refugiado, seguro, o menino hoje dispensa o colorido da rua de S. Paulo, hoje. «Outrora agora». Feliz.

domingo, dezembro 10, 2017

«Onde estavas, no 25?»

S. Paulo. Os que vinham de barco, da margem sul, falavam, com espanto, do que acontecia no Terreiro do Paço. Perguntava-lhes se era  revolta ou golpe direitista. A repetição foi obtendo resposta. Na última página dos jornais, nota vaga. 
Ainda foram servidos os almoços. Pela rádio se esclareceu a coisa. Fechei a porta, a mando do pai. Mas foram entrando e bebendo, incluindo um grupo de turistas italianos, cheios de frio. Aninharam-se a um canto, tarde afora.

sábado, dezembro 09, 2017

O dia dos prodígios (Lídia Jorge)

Alentejo, Agosto de 80. Seca. Ninito, temporariamente sem emprego, lê O dia dos prodígios. Mesmo na sombra da Arramada da burra, começam as alucinações, vê monstros, ouve rastejar…
Água, nem que seja uma gota. 
Na véspera do  regresso à cidade, noite estrelada. Cai uma gota no nariz do Ninito.  Estrelada, rodopia, rodopia, e desaparece na poça do firmamento. Ondula e brilha, pelo espaço sideral.
Viram a gota de água? 
Está doido, responderam, em coro, as patroas.

sexta-feira, dezembro 08, 2017

Escrever(-se)

Somam-se frases, desordenadamente. 
«Ó professor, já ninguém escreve blogues» («pequenino estupor»). 
«Queres escrever Um, «a meias»? («meias só para as pernas»). 
«Gosto de algumas coisas, de outras não» («nem te pergunto quais, ó Mentora»). 
«Ó tio, não é assim que se escreve na Blogo-Esfera» («vai mandar lá para a tua rua»).
«Escrever diário faz bem à saúde» («como nunca escrevi, estou doente?»). 
«Ó rapaziada, é uma estratégia para o «pré-Alzheimer»e foi por isso que me escrevo.

terça-feira, dezembro 05, 2017

«sozinho, com miúdo da mesma idade»

       10 anos. O liceu vem aí. Já esqueci as Gaivotas. Largo dos Stephens, escola só de tarde. Caldeira adormece e lá vou, manter o silêncio à canada. Vá lá, hoje pô-los a ler. Evitando adormecer, imagino… O banho de sábado, no alguidar, a mãe, o calçado em fila…
      Que cheiro vem do J.! Enfezado e manco, está cá atrás. Dorme sempre.  Faço-lhe os trabalhos. O velho resmunga, mas aceita-lhos.
                     [quero ir para mecânico, ó D.! ajudas-me e tens Artista para toda a vida, pá!]
      Pouco fala. Agride e arranha todos. Ao bacano, não. Rapaz, o mais velho, ajuda a mãe, na descarga do peixe.  De pai alcoolizado, moram na Madragoa, aonde o peixe podre gera os focos de infeção.
      Vai ser na sexta. A dona S. ajuda: banho em balde de lata, sabão macaco, escova de arame. Escamuda, aquela pele não vai sentir nem um arranhão…

[«sozinho, com miúdo da minha idade», com a Lisboa Marítima de então e uma pequena ajuda de Cesário]

sábado, dezembro 02, 2017

Bica

5 e 40
com as anteriores imagens apagadas,  restava:
- ao cimo da Bica, uma larga senhora (rosto da actual T. ChY ou o da Ref. T. A. de M.?) chamava por ele...;
- correu, fugindo, pela R. D. B. abaixo e foi abrir a Baiúca do Pai Velho....; deixou a porta aberta e foi esconder-se no início da Cal da B. Peq.; 
passava LIL (do actual 3.º Bloco), com outra colega, e perguntou-lhe se a senhora já tinha saído do ASC; já, sim senhor, e ia na direcção oposta...
UFF!

sexta-feira, dezembro 01, 2017

O sargento Almeida

[8 viciosas Terças...; 
terminadas, ficam os textos...;  na maioria «a raspar» os  propostos, que remetiam para universos duros de Qd.os ...]

10 anos. Lia. Muito e depressa. O dia todo. Falcão, Seis Balas, Emílio Salgari, Major Alvega, Mundo de Aventuras… Gordo, aéreo ou pasmado. A sonhar com a “a morte da bezerra”? Nesses tempos, a Criança tinha que já ser um pequeno homem. Todo o tempo os velhos lhe faziam judiarias.
É um preguiçoso! Um incapaz! Nunca irá para a universidade!**
No desvão, sonhava, entre o cheiro acre de cebolas, batatas, borras do fundo de vasilhame. Ouvia. Chorava.

[** palavras parecidas com as que o sarg. terá dito; como sempre, com a ajuda da MEMO da Mana A.:

O Sr. Almeida?
Pai do Zeca … bêbado a cair!
Com quem não se dava lá muito bem (aliás, nem bem nem mal!)
 Natural do Sabugal!?
 Para a patuscada com os outros “copofónicos” das tardes de outono e de inverno trazia míscaros que a mãe cozinhava com carne de porco!

(E nós também tínhamos direito!)]

segunda-feira, novembro 27, 2017

Errar, errar sempre

- há anos e anos, que D. (se) (re)contava (n)aquele dia de Novembro, um domingo, em que, perto do final do almoço, o Pai Velho...
- repetia que tinha sido em 67, a poucos dias de completar 12 anos...

- até agora, porque, devido às evocações das cheias de 67, a mana A. o corrigiu, obrigando a MEMo a recuar para 66...:

- e lá veio um E-mel com mais de doze nomes (em casamentos vários...) de que M. só recordava 2 ou 3 ... («íamos muito a casamentos nessa altura...»)

segunda-feira, novembro 06, 2017

«A menina que já Ama o(s) Livro(s)»

- não é Men. (ainda) é «BB»;
 contam os Prog.s que, num destes dias, no COL, encerrou a boca à S. O. P. A., apontando insistentemente para um livro, e que as EDUC.s  tiveram que «ceder»; obtido o objeto, diz que o colocou ao lado e abriu a boquinha...
- a crer nos dados da REPORT de ontem, os efeitos criados por dar «TABLe...» (mas não de Chocolate...) e equivalentes a tenras crianças, parece «(já) estar contra  a corrente»...


- quanto a «lançá-la» nos CORR-EST de M., no sábado, foi PATIFARIA... 

segunda-feira, outubro 30, 2017

Pena Jóia

Ele, Pena Jóia

Que Nome!  Barriga enorme, suspensórios.  Quando crescer vou perguntar-lhe o porquê do Nome.
 Já bebeu muitos copázios… Ah, finalmente! Encostado à parede, enche de ar a barriga. Incha, incha. Já terá triplicado? Suspende. Avançam quatro parceiros. Cada um empurra uma perna do banco. Força, força! Não baixa. Não tiro os olhos da expressão zombeteira do Pena Jóia. O balão não dói? Rebentar, não rebenta, mais uma vez. Suados, desistem, ao fim de alguns minutos.

Eu, Pena Jóia

Na sexta tive que começar sem suficientes copaneiras.  Quando me encostei à parede, ainda «aquecia».

 Enquanto enchia a barriga, olhava o Ninito pelo canto do olho. Parecia pasmado, o miúdo. Balão cheio, avançaram os quatro primos Lopes. Estivadores, possantes. Tiveram que tirar as camisas. O miúdo está sempre a dizer para ir ao médico. Estou velho, mas não quero saber o Segredo.  Após esvaziar, todos bateram palmas. Os quatro pagaram as rodadas «da praxe».


segunda-feira, outubro 23, 2017

M.. a Árvore

- em mens. de há pouco, J. dizia:
«Avós na Base, Pais a Meio, M. no Topo»   (oxalá, «Para Sempre», V. F.); 
- no Animatógrafo do final de ontem (o «melhor do Dia»), a General e M. «deliciaram-se» com o dedinho apontado que, após o «círculo de giz da hesitação», identificava [...]; 
- só Mariano não coube num cantinho da Cartolina... (pedido do COL.)
- (também ontem, J. sugeria «um Diário de M.») [já está] 

sábado, outubro 21, 2017

M., a Concha e Caeiro

-  «agarrada» ao Objeto, «rodopia» e «orienta» qualquer Grande, que «esteja ao Pé», a sentar-se no Chão, em Concha
- no Centro (da Concha) se instala, confortavelmente, «Pensando como quem Respira» (Caeiro) - ENIGMA -, ao Ritmo da  Leitura [...], em «Empatia» com o Objeto...
- quanto ao que se passa «lá em Cima, no Sótão», perguntar a Mestre Caeiro...

sexta-feira, outubro 20, 2017

«E pronto» - Lobo Antunes

Suza Monteiro (ilustração de)
Recortes da parte inicial:
Os olhos das pessoas nas camas dos hospitais, que gritam em silêncio o tempo todo, ensurdecendo-me. [...] Claro que nas alturas em que fui internado estou certo que os meus olhos não se calavam igualmente mesmo que tentasse sorrir. Sobretudo à noite, quando ficava sozinho, acompanhado pelo rectângulo mais claro da janela, a certeza que a noite lá fora me trazia apenas tristeza e sofrimento. Depois, de repente, acendiam as luzes, mexiam em mim, injectavam-me ou davam-me remédios a engolir, saíam outra vez e eu estupefacto que fossem capazes de andar, eu que nem sequer conseguia carregar na campainha, ao lado da almofada, que me diziam servir para chamar os enfermeiros, os quais se dirigiam quase sempre a mim na primeira pessoa do plural, cheios de diminutivos surpreendentes
– Vamos tomar este comprimidinho, vamos ver a nossa temperatura, vamos beber, excepcionalmente, um golinho de água.
Isto depois de me cegarem com a lâmpada do tecto, no interior da qual o insecto que eu era se agitava, movendo as pobres patas filiformes, sem entender, arrepiado, aflito. A claridade desaparecia, as solas diminuíam no corredor, eis a janela de novo, eis o silêncio, eis o que designam de noite. Tão escura a noite, tão indecifrável, tão plena de ameaças confusas, terríveis, contra as quais as minhas pobres mãos quietas nada podiam, os meus joelhos agudos nada podiam, as frágeis membranas das minhas pálpebras nada podiam. De vez em quando uma torre no corredor, um telefone longíssimo, vagos sons dispersos, o colchão tão duro na minha coluna, suponho que pernas, lá em baixo, que considerava minhas e não as sentia. Sentia, quando muito, um ténue zumbido à minha roda mas de quem, mas de quê, meio submerso em trevas fixas, opacas. [...]
[na edição de dia  12-10; em Arquivo, a partir de 19]

terça-feira, outubro 17, 2017

«É mesmo G.!»

- ontem, pelas 23, ensonado, M. ouvia o relato do Princeso que, «enlevado», destacava a forma cuidadosa e rápida como a pequenina M. se desviava dos mais «crescidos» - que observara quando a foi buscar ao COL; e terminava repetindo:

- "É mesmo G.! É mesmo G.!"

sábado, setembro 30, 2017

M. A. D. O.

Juan Martin ao colo do irmão Ernesto, com
a mãe Celia     - DAQUI
- a última vez que a viu foi em 85, quando, com a General, a procurou no HOSP. dos CAP., por causa do AVC da Marechal... (depois disso, lembra-se de um telefonema, após ter nascido uma menina, mas, do ano, não)
- a MEMO, há pouco, hesitava entre 75 e 76; mas teve que ser em 76, pelas (primeiras) férias na SMT e pela entrada em MED....
- tudo começou ao longo da noite do aniversário da Mana C. (28 de julho), após encontro casual, em Lisboa, no regresso de estadia em casa da Tia Isab. e do Tio Zé, e dos percursos por S. Martinho, Areia Branca, Baleal, «aboletado» em casa da Tia Idal., Mãe do cunhado F....
- [antes, em 74, fora o grupo em torno do ator norueguês I. M. H....; outras histórias....]
- durou o imenso tempo de todo um verão...
- 20 anos («parte final...»), pois....
- [lembra-se tb. de, na PRIM de 77(?), a ter visitado em Santiago do Cacém (S. M. à Perif..., dormido no Chão do Q.to e folheado um livro de Che, que então M. A. lia...; 
e foi a notícia do livro** de irmão de Che que «desencadeou» tudo isto?)
[por onde andas, M. A.?     D. ainda anda por Cá...]

**a 15 do 10, artigo, com fotos,  do Expresso - AQUI
** entrevista - reportagem com Juan Martin Guevara, a 02 de Dezembro, no OBS

quinta-feira, setembro 28, 2017

A. P.

8 horas.
Profissional dedicada (em Pessoa Simples...), A. P. tinha «um gargalhar» que se ouvia bem, ao fundo do «500», piso por onde, nos últimos anos, «passearam» as Máscaras de D. ...
Dos cerca de vinte anos de «convívio», D. recordará... [«e o resto não se diz...»]                                    [da foto: «que tristeza é (era) essa?»]

 D 

domingo, setembro 24, 2017

Salada de Camarão

5 horas. Primeiro desligar da Máq. APN

C1: D. comentava com as manas o preço exorbitante que a Mãe P. cobrava, por três (!) saladas de camarão, a um velhote decrépito; afinal, este «extraírá» o dinheiro, em notas dobradas, do velho porta-moedas...

C2: obras de renovação, empreendidas pelo Pai Velho, mas num espaço ao lado do 226... [a partir do «talho 29», na M. S., comentado pela general...?]; pela rua, Mãe P. comunicava a D. as suas preocupações (ambos Velhos...)

C3: com 18 almoços servidos, receava-se pela «viabilidade» do renovado REST...

perto das 7 horas:
- no P. M., M. aparece primeiro numa sala, com turma...; que abandonou, percorrendo corredores e salões intermináveis, com os diversos usos de um grande congresso de cientistas; no grande Claustro exterior (mas parecido com o Pátio da E. das Gaivotas...), um deles deu-lhe um recado, «de raspão»; adiante, M. «paralisou» em contraponto a um «Clown» que animava o ambiente...

UFF!

segunda-feira, setembro 18, 2017

Herzog

[são 9 e 50; só dentro de 20 minutos entrarão os «primeiros» finalistas de 1718...]
 - na narrativa de Herzog (de 2004, ora traduzida), atingiu-se a p. 62:

PRAIA PERTO DE WAWAIM, 19.8.79
[...]    De manhã fui ver se Walter estava na sua cama

quinta-feira, setembro 14, 2017

A primeira Frase

- «De quem é este casaco?»
seguida de:
- «Que horas são?»

Foram as duas «Iluminações», os dois primeiros «encadeamentos» saídos do Armazém de «palavras soltas»  = «Princípio DA mÁQUINA Frásica» - que proferiu A. (Mestre de [...] e Grande Leitora),  que contou o susto que a Avó apanhou quando as ouviu, «como que vindas do NADA...»
[talvez o mais interessante de ontem = 2 C. de T.]
[A. ficou de perguntar à mãe os «exactos meses...»]
[«acrescento», a 16 de Out.: durante «x» semanas seguintes, não houve mais frases...]

sexta-feira, setembro 01, 2017

Coimbra + P. M.

[acordar, vários, a partir das 5...]
Cerca das  6 e 40 (??):
- General e M. em Coimbra (aonde, de facto, se irá, para consulta, no final de Out....) 
- M. saiu, para dar uma volta; entrou num Alfarr. e (re)encontrou P. M. (em Coimbra, para...); acompanhou-a a casa, mas, depois de ela ter subido, os degraus de madeira partiam-se, sob os pés de M...; não sabe se caiu, porque...
...acordou

domingo, agosto 27, 2017

Ao Espelho do Espelho de V. W.... - («Ana de Amsterdam»)

[foi lido, «descontinuamente», no Verão de 2015, ano da publicação desta seleção de ENT de «Ana de Amsterdam»; (re)leitura terminada ontem]

Recorte:

2014-10-19
[…] Caminhei lentamente até à livraria, passei pela pequena janela do canário amarelo. Pedi um chá de menta ao livreiro (…) e levei para a mesa o novo livro do […] Li durante quinze minutos, apenas o tempo necessário para o chá arrefecer. À saída perguntei ao livreiro se tinham O quarto de Jacob. Ando a ler, já há algum tempo, o diário de V. W. Com calma e vagar, […] antecipo que sentirei um certo vazio quando acabar de o ler. Decidi ir lendo os romances à medida que Virginia Woolf os vai escrevendo. Estou a ler as entradas de 1922, ano em que Virginia terminou O quarto de Jacob e, no seu espírito, como fiapos de luz, começam a delinear-se os contornos de Mrs Dalloway. É muito interessante descobrir a extraordinária crítica literária que esta mulher foi. Sobre o Ulisses, escreveu: «[…]» Mas, confesso, o que mais gosto é de a acompanhar no seu dia-a-dia. No dia 7 de Julho, Virginia arrancou três dentes e, no dia 3 de Agosto, passeando pelos campos de Richmond, encontrou uma colónia de cogumelos.


Ana Cássia Rebelo, Ana de Amesterdam, Quetzal, 2015, pp. 214, 5

segunda-feira, agosto 21, 2017

«gato num muro com mulher a vê-lo» - Ivone M. da S.

[leitura concluída ontem, na ESP. do R. ;  dois outros recortes – AQUI e ALI]

276
Ontem enquanto atravessava o peristilo a caminho do pavilhão B vi um gato preto sobre o murete que suporta o gradeamento. Era grande e longilíneo  e passeava com a elegância indiferente dos seres que se sabem muito belos. Esticava cada movimento como que a exibir-se numa coreografia vaidosa. Eu tinha acabado de sair da sala dos professores onde o barulho era tanto que repetia de mim para mim um dia fujo, um dia fujo. Embora o tenha aprendido a disfarçar o meu desespero deve continuar tão visível que há sempre uma alma condoída que me passa o braço pelos ombros e diz tu assim não te aguentas, mulher. Depois saí e vi o gato em cima do murete. Foi a única coisa bonita que vi ontem e é por não saber desenhar que o escrevo aqui, gato num muro com mulher a vê-lo. O que me vale é o que escrevo e só por isso consigo sobreviver: hoje uma pessoa começou uma conversa comigo e subiam-lhe os gestos e que grandes eram mas de súbito percebi que embora continuasse gesticulante tinha ficado insonora. Entre nós passava um gato preto com a sua vaidade longilínea e um piscar cúmplice nos olhos de veludo.


Ivone Mendes da Silva, Dano e virtude, Língua Morta, 2017 (Julho), p. 132

sexta-feira, agosto 04, 2017

«Perder ou não perder (a frase)» - Ivone Mendes da Silva

[após a descontínua, a leitura contínua - esta manhã, alcançou-se a narrativa «n.º» 132]

109
Como não quero ir trabalhar chinelante enfio os meus pés recém-chegados de um Verão à solta nuns sapatos mais aprumados. Um desespero com o calor que persiste e encosto-me à secretária e levanto um pé e depois passo para o outro e sento-me um pouco e torno a levantar-me. Continuo a aula e uma frase em pensamento atravessa pelo meio do que estou a dizer. Oh, caramba, agora? Deveria escrevê-la mas onde encontrar pretexto para parar e abrir um caderno e continuo com a dor nos pés [...] e a frase na cabeça. Empurro-a para segundo plano e hei-de retomá-la depois mas a frase tomada de uma estranha energia resiste um pouco. Pergunto-lhes se percebem bem o que estou a dizer. Que sim e eu afiro a qualidade do entendimento. Menos mal: ouviram o que eu disse e não a frase que empurrei para trás e que nada tinha que ver com o que lhes ensinava. Depois faz-se hora de sair. Penso que poderei escrever agora a frase mas quero sair. Beber água  e descalçar por uns minutos os sapatos. Puxo a frase para a frente e memorizo-a. Saio e vou fechar-me na casa de banho de pés descalços no mosaico fresco do chão. Respiro fundo. Subo as escadas e os pés a doerem de novo. Quando entro na sala dou-me conta de que perdi a frase. Tento puxá-la à memória mas desapareceu de vez. Sinto-me desertada.


Ivone Mendes da Silva, Dano e virtude, 2017 (Julho), Língua Morta, pp. 53, 54

sábado, julho 01, 2017

Fatias de pão

7 horas, desligar da «Máq. APN».

- (a grande Pausa já «leva» quase um mês; mas os pesadelos com Qd.s «descontrolados» têm sido «recorrentes»; daí este S. = «agradável »variante...)

- relvado na periferia (Benfica?) ou o da Alam da Univ.?; 
M. combina, com jovem «assistente operacional», futuros encontros, após consultas....
- [antes, em sala hospitalar, observara o dinamismo e a alegria com que o mesmo «animava» os Velhos internados...]
- na final «cena» , explicava como decidia atender ou não os telemóveis; tocaram dois - só a um respondeu - mas ambos «eram»... FATIAS DE Pão Rústico....

[quem «atende» o Chinelo do Princeso, como se fosse um telemóvel é MAT...]
[... das notas tomadas pelas 7 e 15, antes do «apaga-apaga» natural....]

quinta-feira, junho 22, 2017

M., aliás, F. M.

- dia do «706» - foi pedido «Retrato Expressionista» de F. P. (ou de),  S. de M. B. A. (ou de), Saramago... 
- houve que «despachar» os grandes Envelopes, pelo que só «de relance» observou o que «pretendia transmitir a visão (deles) (do mundo ) INTERIOR» do ESCR. que seleccionassem                 [UAU!]

- «cabecinha tontinha» (em «compet. com M. B. F....), esqueceu o «penduricalho»; assim, apoderou-se (sem conhecimento «dele próprio, o Outro») da IDENT do (jovem) ARQ. F. MON. [.....]
- a certa altura, por sugestão de M. F., teve que «o esconder» - é que, se alguns acharam graça, Outros começaram a «ATACAR» a falta de [...] do SEC (um «clássico»)

sexta-feira, junho 09, 2017

«Paisagem e Povoamento»


Daqui (Qd.o 502) se «avistava» o Rio, em «tempos...»

17 «vai a Meio», a «Promessa», por cumprir...

[fotog. da 502, enquanto o «último C.deT. não vem», com Monótonas (ou «Piedosas») Listas de...]

domingo, maio 28, 2017

Banhos

- 5:20 - Pausa na Máq. APN

- Balneários. Antigos, em vários pisos e compartimentos. A General terminou primeiro e veio ter com J., que fazia exercícios [...], orientado por um [...]
- aparece A. G. («cá fora», M. de Text. e mãe do N...), com uma pequena Cuvete(a), com várias camadas de resíduos florestais, folhas, bolbos, raízes...; disse que «era um miminho» para [...]; a General «apoderou-se» do mesmo e «o resto não se diz...» pq. já «estava apagado...», aquando dessa Pausa....


sábado, maio 27, 2017

«E se algum cámone grosso lhe dá uma azevia na pantufa» - Dinis Machado, por Lobo Antunes

[lida na pág. 6 da Visão de 18 de Maio - Completa, a 25, AQUI]
Susa Monteiro 
[...] Alfredo Marceneiro que nós encontráramos uma noite no seu Bairro Alto, sentado na berma do passeio, perdido de bêbado, e para o qual o Dinis avançou a abraçá-lo
 - Você é um génio
 O outro olhou-o sem o ver, oculto atrás de uma névoa de tinto, com o Dinis inclinado para ele
 - Você é um génio
  o Dinis
- Sabia que é um génio, você?
  enquanto eu tentava puxá-lo
 - Larga o homem que ele nem sequer te ouve
 o Dinis insistia, inabalável
- Sabia que é um génio não sabia?
 e foi um castigo para o arrancar dali
- Temos de tomar conta do Marceneiro que isto está cheio de cámones
 lá o arrastei com ele protector
- E se algum cámone grosso lhe dá uma azevia na pantufa, já viste?
 a procurar cámones grossos pelas redondezas
- Temos de encontrar o meu irmão Zéca que é presidente do Lisboa Clube Rio de Janeiro [...], na esperança de achar um peso-pluma que ficasse junto a Alfredo Marceneiro em funções de guarda-costas,  [...]

sábado, maio 20, 2017

Palhaça (A Bolsa da Avó) - Bap. Bastos

[um dia o lerá a M., após passeio pela Bica; Oxalá; oxalá...]

[...] Quando a minha avó me visitava fazia-se uma pausa no tempo. Sentava-se no degrau da soleira da porta e contava-me as ocorrências do bairro onde nascêramos. Eu falava-lhe da escola, do meu pai que me levava ao cinema das zonas da cidade que ia lentamente descobrindo. Olhava-a com desvelo e à beleza do seu rosto ordeiro, comparável ao busto de uma estátua. O virar dos anos fez-me pensar como é que ela mantivera o porte e a teimosia da esperança, numa casa e numa família em que se chorava demasiado.
   Ao despedir-se enfiava a mão na bolsa colocada por detrás do avental e dava-me umas moedas. «Come bolas de berlim, dão grande sustento ao corpo.» A bolsa tinha a forma de um oito, com a base mais larga e três compartimentos: para as notas, para as moedas de prata e para as de cobre. A minha avó era dona de um bom par de mãos arcaicas. Fizera renda, trabalhara numa fábrica de lã de merino e, agora, vendia peixe.
  A bolsa era um artefacto de pequenos quadrados de flanelas coloridas e sobrepostas, e exalava um discreto cheiro a peixe. A minha avó gostava de passar a mão direita, como uma carícia, na zona do avental sob a qual estava a bolsa. Dizia que o dinheiro jamais se acabaria, porque se sentia reconfortado e grato pelos afagos. A verdade é que a bolsa nunca esteve vazia para quem, na família, de auxílio precisasse.

Baptista-Bastos, A bolsa da avó palhaça - A infância revisitada...-, Oficina do Livro, 2007, pp. 24 -26 (ilustração de Monica Cid, fotografada da pág. 25

quinta-feira, maio 18, 2017

«burro-de-dois-pés»

[isto deve ter sido desencadeado pela REP. de ontem, em que V. Mestres pediam clemência, isto é, REG. ESP de APOS.]

- impossível lembrar a «quem» correspondia a Alcunha; Caldeira era o Nome do Mestre; alentejano, com mais de 70, ainda Rijo e «desempenado», que, a partir de 6263... (sendo D. de Nov. só entrou com sete anos...); quanto ao «B. de dois pés» era um «desamparado«, provavelmente com «problemas cognitivos», que o Mestre tornara no principal «Bombo da Festa»

- relembra, sim, o Mário Jorge, que, sempre que o Pai vinha, em Estado..., para o ver, se escondia debaixo da Carteira, para que o homem, face à «ausência» do Filho,se fosse embora...

sábado, maio 06, 2017

SMT OU «onde estava em 75?»

- num Sáb., estacionar em frente ao A., em dia de DIST. de MAn., é só para quem vai cedo...
- por isso, percorreu-se a R. A., atravessou-se a AVEn. e foi-se comprar o J. ao quiosque em frente da SMT...

- Fechada. (!!!)
- o sr. do Q. informou que «fecha aos Dom., também»; e, «de semana, às 17 (!!!)»; e que, «por volta das 4 e meia havia de ver os (Maus) modos como os (supõe-se) GAMELAS correm com os clientes da Esplan....»
- seguiu-se a Treta do Costume: «Onde estava o Sr. em 75....?»

[Ai, esta Lisboa TURIST.]

segunda-feira, maio 01, 2017

«aquele que se levantou do chão»

Pequeno Recorte da Entrevista de Pilar Del Rio, ao Expresso, datada de 29 - 04:

[...] 
E quem é a Pilar depois do José?
Uma mulher muito mais velha, com uma experiência maravilhosa que muitas das mulheres que conheço [...] gostariam de ter tido. [...] vivi uma história absolutamente singular que partilho de manhã à noite todos os dias na fundação, na casa de Lanzarote, na Azinhaga. Vá para onde for, partilho essa história, porque é demasiado grande para a guardar só para mim: é a história de um dos cidadãos mais completos do século XX, uma pessoa que nasceu para ser massacrada e não o foi, que se levantou do chão, que se fez a si próprio, que não precisou de ser ‘filho de’, que nem sequer tinha o apelido do pai. Uma figura que os burgueses de mente curta ainda não conseguem compreender. Aqueles que não entendem a literatura de Saramago ou o próprio Saramago têm de ir a um especialista, pois são egoístas ou doentios ou têm uma conceção da vida demasiado elitista. Mesmo os que não concordam com Saramago não podem negar que ele os arrasa. Saramago é a-rra-sa-dor, um tipo que em menos de 30 anos construiu uma obra como esta. Alguém que escreveu “O Evangelho segundo Jesus Cristo”.
[...]  [sublinhados acrescentados]

quarta-feira, abril 19, 2017

Ofereceu-me um livro...

Foi no domingo de P., pelas 9 e 30.
Já a avistara, «muito Forte» e com olhar algo «Pasmado», na esquina da J. F.; pouco depois, quando saía do MILL-MULT, «dá de caras» com essa jovem, de 32 anos (confirmou depois)
- «Não se recorda de mim? Fui sua... Até me ofereceu um livro, no fim...»
[deve ter ficado «preocupada» com a cara de «Espantalho» de J...]
Lá decorreu a conversa; «era» «a menina de OD....», disse agora que da «família do (famoso) S. do E. Ent.»...; 
- Arq., «mas pouco», e trabalha na Zona da Expo..., num..., em «qualquer coisa Cultural»...
[(re)apareceu a amiga, de Santiago,  e «acabou a conversa»...]

[no Tempo em que D. «oferecia livros...»]

sábado, abril 15, 2017

... era suposto...

«M., era suposto vires para cá, F.!»

[proferida pelo Princeso e «documentada» em vídeo, ficará como uma das «frases» do (primeiro) Ano - que «está a chegar»...]

quinta-feira, abril 13, 2017

«a verdade vai-se construindo»

REcorte final do artigo de L. Canelas, no Publico, de hoje, sobre novas cartas publicadas de Plath e outros aspetos...:

[...]  [sublinhados acrescentados]
“O trabalho do biógrafo nunca acaba”, escrevia Jonathan Bate, biógrafo de Hughes, no Guardian, a propósito das pontas soltas e das perguntas que ficam por responder sempre que se tenta contar a história de alguém. “Todas as vidas têm os seus segredos e muitas as suas mentiras. A maioria vai connosco para a cova”, continuava, “mas, quando se trata de génios criadores que transformam a escória da sua experiência do dia-a-dia em ouro de uma arte duradoura, é vital que as gerações futuras tenham acesso à verdade, a toda a verdade e nada mais do que a verdade”.
Neste caso, como noutros, a verdade vai-se construindo. Não será certamente a última vez que vemos a palavra “inédito” associada a Sylvia Plath e a Ted Hughes, não será a última vez que documentos inéditos servem de pretexto a um artigo que volta a falar deles e do que começou por ser uma arrebatadora história de amor e se transformou numa relação torturada que acabou numa tragédia carregada de dúvidas, remorsos e culpa. 

domingo, abril 09, 2017

25 de Abril, a pé

6 e 45
Casa do F. (de 79 a 96). De saída para o Rugido. Arrumadas as malas, desta vez, a General ficou e D. veio a Lx. , buscar o Princ. (idade indefinida...). Com a companhia de S., a sobrinha, ainda miúda ( ou na fase em que ainda «comunicava»...). No Corsa (posterior ao F.; e, se com 2 lugares, onde viria o menino?).

Tiveram que o abandonar antes da ponte, pois esta estava totalmente cortada, em obras, com Entulhos que pareciam de prédios. Tudo a pé. D. ia pensando que só o tinha feito uma vez e que bonito que era, ao anoitecer. Só circulava a «metade de 1 faixa». Chegados a Alcântara, foi difícil sair de Subterrâneo. Finalmente no exterior, viram dois eléctricos que «já lá iam...» D. comentava para S. que, no regresso, viriam pela V. da G. (ainda não construída) (e mcomo, se o Corsa ficara na «outra Banda»?)

Well, «Máq.s APN's»

quinta-feira, março 30, 2017

Chocolate

[narrado, num Qd,º, como se tivesse sido da última noite... ; talvez de há duas ou três...]

[sem hora de «APN - desligar»]

- D. limpava as duas casas de banho da PAST. onde trabalhava; os tectos, paredes, chão e sanitários, TOTALMENTE cobertos por chocolate...; «entredentes» (inventado agora?) insultava o Turno da Noite, que teria realizado tal «partida...»

domingo, março 26, 2017

«The pillow man» - Paula, por Nick


Sobre este TRíptico, recorte da entrevista de Nick Willing ao OBS (por ocasião da estreia do DOC. dedicado a Paula Rego):

[...] Os quadros de Paula Rego começam, quase sempre, com uma história.

Veja o exemplo de “The Pillowman”, um enorme tríptico que é, talvez, o melhor quadro de sempre da minha mãe. Quando lhe perguntam sobre o quadro, ela fala sempre sobre a peça muito famosa “The Pillowman” [O homem almofada] do irlandês Martin McDonagh e da história da menininha que pediu aos pais para ser crucificada como Jesus. A minha mãe identificou-se muito com a menina. Mas na verdade este quadro é sobre o meu avô e sobre o Portugal salazarista dos anos 40. Depois de ver a peça, a minha mãe passou dias no Imperial War Museum de Londres a ler sobre a guerra e sobre Portugal daquela década. Desenterrou fotos dela em menina com o uniforme da Mocidade Portuguesa. O homem almofada, na verdade, é Salazar. E a menina que quer ser Jesus é ela própria.

 A minha mãe sempre se identificou mais com Jesus do que com a Virgem Maria. Ela nunca quereria ficar com o papel secundário. A minha mãe costumava dizer que os livros, as fábulas e os contos de fadas que inspiram os quadros nada tinham que ver com a vida dela. Não é bem assim. O quadro “The Pillowman” tem muito mais que ver com ela do que com a peça. Ela transporta todas as suas experiências secretas para as suas histórias. E é essa experiência que faz com que o trabalho dela seja tão poderoso e ao mesmo tempo tão autêntico e verdadeiro.  [...]

- entrevista - report. de Lucinda Canelas, no Público, de 31 de Março



quinta-feira, março 23, 2017

Chefe Silva

4 e 40:
- Silva, o da «SMT» (fev. de 75 a Abril de 78!...) enviou o jovem J.. para entregar cinco pequenas jóias a velhotas, «resistentes» num velho prédio «desabado» a uma esquina de Arroios...
- por trás da Fachada, só destroços;com a indicação dos andares desaparecida, J. socorreu-se da ajuda de operários, que iam no segundo dia da Reconstrução; estava entre a segunda e a terceira entrega..., quando desligou a Máq. APN...

quarta-feira, março 22, 2017

Dia do Pai

- pois a gentileza do Filho quase que deu para 3 aquis., ontem, numa rápida ida à FNC - V. da G.:
- Bandolim, Adília Lopes;
- Tudo o que existe louvará (antologia), Adélia Prado
- Nossos ossos, Marcelino Freire

segunda-feira, março 06, 2017

MAPA DO DIA

- 4 e 45:
hesitava entre regressar ou continuar, na AE, na zona de Palmela; guiava o Corsa branco de 2 lugares («abatido» em 2010), a caminho do Rugido, só, e esquecera as chaves da «Casa do Aranhiço»...
[noite Longa]
- 6 e 30:
«APN» deligada; da Sala vinha o som da Ama Velha Elect., que a General Z deixara ligada...
- 6 e 50:
- leitura do agradável «emel» de Map - que chegou para o resto do Dia...
[... que não teve mais história, só Quadrados...]

sábado, fevereiro 11, 2017

«a minha casa não tem dentro» - António Jorge Gonçalves

[não se sabe quanto tempo durará esta ENTREV. - com versão Audio, também - nos arquivos do «DN» - J. gostaria de a reler daqui a...]

[de A. J. G., relembra várias das suas vindas, muito disponíveis, ao longo dos tempos, à «E. do Paraíso...»; e do seu «desenho dinâmico» de Cenário, com presença do próprio, em palco,  numa peça de Boris Vian, numa sala Estúdio (Trindade?), em que ano (não se lembra, J.), com um grupo de «AA» (quando havia... para organizar tais...), amontoados em bancos duros...] ***

- AQUI, então
[fala sobre um livro que vai publicar...; e fala de 24 horas de «apagamento» («Morte Branca») que fazem J. pensar em J. C. P.]

*** «Erva vermelha», Trindade, 2006, Out., Inv. - Memória Devolvida pelos  grandes Arquivos, do Púb.!

segunda-feira, fevereiro 06, 2017

Sophia, por João César Monteiro

- Hoje, no Palácio 1617, o jovem M. G. (de ADV) relembrou o filme de João César Monteiro, de 1969 (!!!)

- a dado passo, Xavier, após a leitura de «A menina do mar», diz que a Mãe «inventou Outra VOZ, que não a dela, a Natural...»

- fecha-se o dia com o (re)visionamento do mesmo: AQUI

quarta-feira, janeiro 25, 2017

Bloco «C»

- [o Bloco C, à hora do almoço, faz «molhada» de Marm., num dos Extremos da Placa da Ilha; quando passa, J. brinca, qual «ASAE...»; 
- ontem, J. M. - um dos que quer respostas seguras para o que só Insegurança tem... - perguntou «sobre o Sonho...»

- 6 e 40 
- aquando do desligar da Máq. APN, J. sonhava com o Bloco...; lembra-se de P., o «esticadinho», aos saltos, mas não do que disse...;  o ambiente era de «provocação Geral», por corredores que não eram os do Palácio 1617, mas talvez os do P. M. [...] - tinha havido uma R. de J. com seus pares, e aproximava-se outra, à hora do almoço; afinal, era «confusão» e J. voltou, para pedir que fossem almoçar com Ele; só M. R. aceitou e lá foram, após J. [...] [não se lembra de mais]

segunda-feira, janeiro 16, 2017

«mudam-se os tempos, as vontades, não?»

- palácio 1617, cerca das 8 e 35,40, base da EScad.
- A. C. - a desta E. - passa por J., a caminho de G. D. («2.ª Volta»)

- «então, já acabou o primeiro contrato?» [no Glorioso MACD...]
- «estou a acabar o Período Experimental, de 3 Meses...»
- «pois, faz o trabalho de todos os outros e ganha ainda menos...»
(aquiesceu, com os Ombros)
- «no meu primeiro T. (na SMT), de 75 em diante, também trabalhava o mesmo e recebia um terço...»
(lá foi)

- Era uma «Equipa» (!!!) de 5:
- 3 VET (PaiV. + SILV. + Pedr.) - os dois primeiros «valiam 9 pontos», na distribuição da «T. de S.», o segundo, 6... - MAS: (era Semanal, era »Vic.», era »Guito...») 
- 2 PRINC.  (D. + ... não se lembra do N...., o Rapaz, ex-Pad., de Almoçageme), os que «valiam 3 pontos», idem) - 
- mas o Jogo acabou depressa, quando, em (...) e, a partir daí, foi a Festa (SAneam., por ex., do P. Bisp., pequeno, careca, «risonho aos saltinhos», cheio de Tiques...) + C. de T.es = SILV. versus Fialho = ...) 
[«e o resto não se diz..., até porque está cada vez mais esquecido...»)