quarta-feira, dezembro 20, 2017

Fases negra luminosa

Passara um ano. Vinham os 20. Decorria o que depois se designaria como «Verão Quente» 
Chamar rotina a um bloqueio total não ajudava. Das 8 às 15 e 30, cumpria-se: subir a S Roque, descer a Glória, subir a Avenida; trabalhar, trabalhar e, depois, o percurso inverso. Daí até à noite, imobilização total no sofá, de olhos fechados, sempre o mesmo «filme mental». 
Rotina só quebrada para ir ver, de longe, à margem, uma ou outra manifestação, das muitas de então. Passavam os meses, não via saída…


Passaram os meses. Passou o «segundo 25». Pelo Verão, um encontro casual. 
Conversas pelas noites fora, por todos os momentos que se «arranjava». Mais do que descobrir-se, a disponibilidade (ingénua?) para tudo compreender e aceitar do «lado de lá». 
No Verão, sós, na casa de S. Paulo; um inolvidável 11 de Setembro na Caparica. Meses que parecem anos, de tão intensos. Sobreveio o «arrefecimento». Natural, agora. 
Irreversível, isso sim, a energia para recomeçar a estudar, reconstruir-se.

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