- [neste muito quente 32.º Dia da 3.ª E. no Rugido, termina-se o livro de «Crónicas Memorialísticas» do Editor - antes publ.as no «Expresso»...]
RECORTE(s)
[...] em 1993, o único romance de Fernando Assis Pacheco, Trabalhos e paixões de Benito Prada. A obra, que tem um dos arranques mais fortes da literatura portuguesa, entusiasmou-nos tanto, que eu logo prometi ao Fernando que, em Frankfurt, tentaria vender os direitos de tradução. Ele deu uma das suas habituais gargalhadas e respondeu-me: «Deixa-te disso. O único sítio onde eu quero ser traduzido é na Galiza...
[...] ele (Américo A. Areal) convenceu o editor Antón Mascato a traduzir a obra, prometendo-lhe que a imprimiria a um preço quase simbólico.
O Fernando ficou radiante - e mais radiante ainda quando Mascato o convidou a passar uns tempos na Galiza para trabalhar com o tradutor. Instalou-os em Vilagarcia de Arousa, no Hotel Balneario de Paco Feixó, à época um dos mais famosos chefs galegos. [...]
Quando a tradução foi publicada, em 1994, fizemos um périplo [...], para a promoção do livro. Mas à noite regressávamos sempre a Vilagarcia de Arousa. Aí, o poeta sentia-se em casa e permitia-se até, quando estava cansado da cozinha «moderna» de Paco Feixó, ir para a cozinha fazer ovos mexidos com chouriço. [...]
Manuel Alberto Valente, O outro lado dos livros - Memórias de um editor, 2025, pp. 36 - 37
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.